Tecnologia e Tradição na Bioeconomia Amazônica: Inovação ou Exclusão?
A aplicação de tecnologia avançada na bioeconomia do Baixo Amazonas desempenha um papel essencial no fortalecimento da inovação e da sustentabilidade regional.
Pesquisas na Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) utilizam análise de imagens de satélite e sensores para monitorar mudanças ambientais.
Essas ferramentas permitem respostas ágeis das comunidades e órgãos fiscalizadores, contribuindo para a prevenção do desmatamento e da exploração ilegal.
Nesse cenário, as Organizações Híbridas (OHs) surgem como arranjos institucionais estratégicos ao conectar universidades, setor produtivo, governo e comunidades locais.
Sua atuação viabiliza soluções inovadoras e sustentáveis para o desenvolvimento regional.
Um exemplo disso é a aplicação de aprendizado de máquina para aprimorar a qualidade e segurança de produtos amazônicos. Projetos desenvolvidos na UFOPA monitoram a castanha-do-brasil e o açaí, permitindo a detecção de contaminantes e a certificação da produção, o que agrega valor às cadeias produtivas locais.
Além disso, modelos algorítmicos otimizam a gestão das OHs ao analisar a interação entre os diferentes atores do ecossistema de inovação. O processamento de dados facilita o mapeamento de conexões estratégicas e fortalece a governança participativa.
No entanto, a adoção dessas tecnologias ainda enfrenta desafios, como desigualdade no acesso e necessidade de infraestrutura adequada. Outro aspecto essencial é garantir que os avanços tecnológicos respeitem os saberes tradicionais, promovendo a equidade na distribuição dos benefícios da bioeconomia.
Portanto, a integração entre automação, conhecimento tradicional e governança participativa fortalece a bioeconomia no Baixo Amazonas. Essa sinergia possibilita um modelo de desenvolvimento econômico alinhado à conservação ambiental, assegurando um futuro sustentável para a região.